domingo, 26 de julho de 2015

Uma singela homenagem...

Em visita ao Centro Cultural de São Paulo, no último dia 24.7.15, tive o grande prazer de apreciar a exposição de fotografia denominada "Escassez/Desperdício". Tratava-se do Prêmio Syngenta de Fotografia, em parceria com o Ministério da Cultura.

Chamou minha atenção, de forma especial, por constatar, através de imagens fantásticas, o grande abismo no qual a população mundial se encontra, com relação à escassez dos nossos recursos naturais, fruto da inconsciência de todos nós e de políticas que em nada beneficiam o nosso planeta, ao contrário. Infelizmente, são políticas para poucos. Fotografias que mostram o quadro catastrófico mundial, mas no final, ainda há espaço para imagens que deixam claras algumas soluções. Vivemos hoje, no Brasil, os primeiros passos para a escassez da água, com atitudes irresponsáveis e diárias por parte da maioria da população e das políticas já citadas anteriormente. Foi exatamente esta questão da escassez da água, que assola violentamente estados como São Paulo e outras questões que me incomodam profundamente, que me levaram a visitar esta exposição, levando-me a ver a questão "escassez" como algo muito mais abrangente e iminente. E que ainda há como melhorar este quadro mundial, mas tem que ser rápido. Infelizmente, entre os fotógrafos premiados, não havia nenhum brasileiro ou de outra nacionalidade que tivesse relatado imagens deste nosso país, mas o que acontece aqui, talvez numa escala um pouco menor, mas não tanto, não difere do que foi constatado no mundo afora.

As imagens e trechos colocados aqui falam por si. Não será necessário nenhum comentário a mais de minha parte. Esta é minha homenagem a um lindo trabalho realizado por tantas pessoas, fotógrafos, como forma de passar a mensagem de que se faz urgente a necessidade de conscientização com relação a como utilizamos os recursos que temos a nosso dispor, os alimentos, os animais e o lixo que geramos.

Aproveitem!!

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O Prêmio Syngenta oferece uma plataforma internacional a fotógrafos, numa oportunidade de explorar questões de importância global. Nesta edição, ele foi dividido em duas partes: a Competição Profissional, como oportunidade para fotógrafos profissionais enviarem fotos e uma proposta para um projeto relacionado ao tema e a Competição Aberta, para fotógrafos amadores e profissionais.

"Muitos de nós temos pouquíssima consciência da fragilidade dos recursos dos quais dependemos para sobreviver. A medida que o crescimento populacional e econômico leva ao aumento do consumo global, vários países enfrentam uma crescente escassez de recursos. A competição e até conflito, por recursos como água doce, terras cultiváveis e florestas é um perigo cada vez maior. Ao mesmo tempo em que a escassez é evidente em toda a parte, ela convive com um enorme desperdício. Enquanto mais de 800 milhões de pessoas no mundo dormem com fome, outras jogam fora mais da metade dos alimentos que compram. Um terço da produção mundial de alimentos é perdida ou desperdiçada ao longo da cadeia de fornecimento. No Reino Unido, 30% dos legumes e verduras não são colhidos porque não satisfazem os critérios de aparência esperados pelos varejistas. Isto não é simplesmente um desperdício de alimentos, mas também de terras, água, insumos e mão-de-obra voltados ao seu cultivo.

Em um mundo de recursos limitados, a escassez e o desperdício tornam-se questões sociais, políticas e ambientais fundamentais da nossa era. Nos últimos 50 anos, a demanda mundial por recursos naturais duplicou. Se continuarmos a usar recursos e a gerar lixo nas proporções atuais, até 2030 precisaremos do equivalente a dois planetas. Mas só temos um. Algo precisa mudar".


(Jornada de crianças pelo deserto à procura de água - Paquistão)

"Água é uma tipologia fotográfica e uma exploração de um recurso natural em crise. Um relatório das Nações Unidas alerta para uma 'crise iminente' e avisa que, até 2025, quase 3,4 bilhões de pessoas enfrentarão escassez de água. À medida que a população mundial cresce e mais pessoas passam a viver em cidades, nossa dependência de água doce, cada vez menos disponível, transformará a forma como vivemos, definindo, no final, quem viverá e quem morrerá. Este estudo fotográfico em andamento sobre a água , que conta com o apoio das Nações Unidas, WaterAid, VSCO e outras organizações, continuará a monitorar problemas hídricos no mundo todo, buscando explorar as nossas interações com o recurso mais vital para a vida na terra".

"... Principal lixão no centro de Freetown (Serra Leoa), onde lixo e dejetos humanos foram acumulados em enormes cavernas... Enquanto os problemas com a gestão da água e do saneamento, junto ao crescimento populacional, não forem tratados seriamente, o risco de epidemias, tais como cólera, permanecerão".

"Logo cedo, mulheres e meninas caminham por horas e fazem filas para cavar água para a superfície de um leito de rio seco. O tempo que mães e filhas passam buscando essa água salobra prejudica a educação das crianças, a conexão com a família e a capacidade das mulheres obterem empregos que aumentariam a sua renda familiar e melhorariam as suas comunidades".

"Meninas da Escola K. Gandhi, em Farrukhabad, na Índia, chegam, pela primeira vez, ao Rio Ganges, um dos rios mais longos e poluídos do mundo. No final da vida dos hindus, os seus corpos são cremados e jogados no rio. Os hindus mais pobres muitas vezes não conseguem pagar pela cremação correta dos corpos, portanto, cadáveres queimados pela metade flutuam rio abaixo. Além disso, a poluição proveniente de fábricas de couro levou a altos níveis de mercúrio, arsênico e cádmio nas águas do rio. 'Eles não se importam com o rio', diz Amit Agnihotri, um jornalista local que vive às margens. 'Estamos trabalhando duro para mudar essas coisas, mas a corrupção impede que as medidas certas sejam tomadas'".
(Mustafah Abdulaziz - EUA - vencedor do 1º prêmio da Competição Profissional)

(Estruturas urbanas sendo construídas no meio do rio Buriganga, em Daca)

"Enquanto comemoramos 400 anos da cidade de Daca, o rio Buriganga, que exerceu um papel fundamental no seu crescimento, está lutando para sobreviver. Hoje, está sendo fatalmente sufocado, em uma situação extremamente frágil e incapaz de percorrer o seu curso natural. Nós, a população de Daca, estamos matando nosso rio. A população da cidade não pára de crescer dia após dia. O rio Buriganga é a rota de transporte mais usada para outras partes do país. Várias fábricas e indústrias ainda estão sendo instaladas às margens do rio. Produtos químicos usados em curtumes, esgoto e outros resíduos industriais são despejados diariamente na água. Acrescentam-se ao cenário de poluição, quase 700 fábricas de tijolos e estaleiros às  margens do rio e óleo de motor utilizado  por barcos e embarcações a vapor. O rio de 41 quilômetros de comprimento que cruza a cidade de Daca já nos abençoou, no passado, com a esperança e o sonho de construir uma nova cidade. Contudo, hoje, a própria cidade está causando sua morte".
(Rasel Chowdhury - Bangladesh - vencedor do 2º prêmio da Competição Profissional)

(Novo complexo habitacional - Emirados Árabes Unidos)

"Meu projeto atual, 'Consumo', explora aspectos da cadeia de suprimentos associada ao consumidor moderno: desde a extração de recursos, processamento, manufatura, produção de energia, construção, produção de alimentos, logística e venda no varejo, até a gestão e o reaproveitamento do lixo.

Neste processo, acabo examinando a forma como a paisagem natural e antiga  dos Emirados Árabes está sendo utilizada e consumida. Faço a maior parte da minha pesquisa com imagens de satélite. A recente exploração da até então intocada paisagem dos Emirados mostra a rapidez com que os recursos podem ser consumidos e os ambientes transformados para sempre quando o crescimento é desenfreado.

Os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) são conhecidos pela sua riqueza de petróleo e gás e, na sua grande maioria, pela sua dependência desses recursos e falta de diversificação econômica (com exceção dos Emirados Árabes Unidos). O 'boom' populacional dos últimos anos, principalmente devido à imigração econômica, já sobrecarregou os escassos recursos naturais locais. A dependência de produtos importados, água dessalinizada e ar condicionado, combinada com atitudes políticas extravagantes, resultaram no indice de emissão de carbono per capita mais alto do planeta.

A extração exacerbada de águas subterrâneas e pastagem excessiva por camelos domésticos estão levando a uma desertificação exagerada nos Emirados Árabes Unidos. Além disso, a cada vez maior dependência de água dessalinizada está levando ao envenenamento de um ambiente marinho antigamente rico, devido ao refluxo da salmoura quente e concentrada".
(Richard Allenby-Pratt - Reino Unido - vencedor do 3º Prêmio da Competição Profissional)

(Shijiazhuang - China)

"Estudos científicos mostram que várias cidades chinesas estão se tornando impróprias para a vida humana. Os níveis de poluição atmosférica são atualmente concentrados e perigosos. Qual é o sentido da prosperidade econômica e da riqueza se as pessoas têm que viver em cidades onde não podem respirar e onde as crianças não podem brincar ao ar livre? A escassez de recursos é evidente em todos os habitats: oceanos, rios, lagos e florestas. E o ar limpo, atualmente, também se tornou um recurso escasso em vários lugares do planeta".
(Benedikt Partenheimer - Alemanha - vencedor do 1º Prêmio da Competição Aberta)

(Uummannaq - Groenlândia)

"Encontro inspiração nesses pequenos vilarejos, distantes do mundo, muitas vezes mergulhados em tédio e esquecidos. Tento recriar a atmosfera desses lugares estranhos por meio da fotografia e do vídeo. Como essas paisagens parecem fictícias, questiono a realidade e o futuro do mundo. Elas mostram um universo inquietante, diante do abismo, que sob certa luz parece o fim do mundo.

A ilha de Unmmannaq, na Groenlândia, é onde vive a comunidade isolada do povo Inuit, que sobrevive entre a modernidade e a tradição, o desastre ecológico e a grandiosidade natural, o abandono e a resistência. A imagem mostra o centro de triagem de lixo, onde a queima a céu aberto é responsável por um alto índice de contaminação por dioxina. Estou questionando a realidade e o futuro do mundo".
(Camille Michel - vencedora do 2º Prêmio da Competição Aberta)

(Mulheres turcanas coletam água para pessoas e gado em um poço caseiro de 20 m. de profundidade no vilarejo de Kaitede, no Quênia)

"A série sobre a seca no Quênia me afetou mais do que qualquer outro tema que eu tenha trabalhado. O principal motivo disso foi que senti que estava documentando uma recordação terrível para todos os seres humanos. Essa tragédia, onde animais e pessoas lutavam para sobreviver à seca, foi como uma visão de pesadelo. Um futuro que pode estar esperando por todos nós se não mudarmos profundamente os nossos hábitos e reconsiderarmos a forma como compartilhamos os recursos do nosso planeta com um maior sentido de responsabilidade".
(Stefano de Luigi - Itália - vencedor do 3º Prêmio da Competição Aberta)


Soluções


"Emissões provenientes de combustíveis fósseis, mudanças climáticas, agricultura, extinção acelerada de espécies, poluição química e megacidades: entramos em uma nova fase da história do planeta, o Antropoceno - a era humana".

"Nossas demandas sobre a natureza estão aumentando: estamos devorando nosso capital natural, fazendo com que seja mais difícil sustentar as necessidades do futuro. Somos hoje a força dominante que está moldando e alterando o planeta, como um todo. Nosso impacto não é mais local, é global. O impacto de uma população mundial crescente multiplicará a pressão que colocamos sobre os recursos naturais. Nosso desafio é garantir que haja terra, alimentos e água suficientes para as gerações futuras.

Se concentrássemos a história do nosso planeta em um único ano, os humanos teriam existido pelos últimos 23 minutos, mas consumido um terço dos recursos nos últimos 0,2 segundos. Os alimentos que consumimos, as roupas que usamos, os produtos que compramos e o lixo que geramos esgotam os recursos naturais e afetam o nosso meio ambiente. E conforme a riqueza aumenta, também aumenta a nossa 'pegada'. Nosso desafio é permitir o crescimento econômico ao mesmo tempo em que criamos um futuro sustentável por meio do progresso tecnológico.

Manshiyat Nasser, ou 'Cidade Lixo', como é mais comumente chamada, é uma favela com uma população de cerca de 30.000 pessoas nos arredores das Montanhas de Moqattam, perto do Cairo. Quase todos os espaços estão cobertos de lixo. Os Zabbaleen, ou 'pessoas do lixo', coletam o lixo dos moradores do Cairo por um serviço porta a porta que cobra uma pequena taxa. Eles levam o lixo para casa e separam os itens em busca de materiais recicláveis. Muito mais à frente do que qualquer iniciativa 'verde' moderna, eles reciclam 80% do lixo que coletam, enquanto a maioria das empresas de coleta de lixo do Ocidente conseguem reciclar apenas 20-25%.

Até 2050, a demanda por alimentos irá duplicar. Entretanto, mesmo assim, um terço de todos os alimentos do mundo é desperdiçado por ano: quatro vezes a quantidade suficiente para alimentar mais de 800 milhões de pessoas subnutridas. Enquanto isso, 1,9 bilhões de adultos estão acima do peso. Nosso desafio é transformar os padrões de consumo, reduzir o lixo e produzir uma quantidade suficiente de alimentos sem usar mais recursos escassos e valiosos.

Precisamos nos perguntar como faremos para transformar os desafios da escassez e do desperdício em oportunidades. Isso pode ser alcançado: em 2013, a energia renovável atendeu um quinto da demanda energética mundial. Hoje, o papel é o produto mais reciclado da Europa, com um índice de reciclagem de 72%. Além disso, até 2050, 50% de melhoria na eficiência de combustíveis pode ser alcançada por meio de tecnologias e políticas atuais. 

Moldamos o nosso passado, estamos moldando o nosso presente e podemos moldar o nosso futuro de maneira responsável e sustentável".










quinta-feira, 9 de outubro de 2014

"A História de Môo"

"Para os Celtas, Môo era um bichinho muito interessante, uma pequena toupeira que tinha os olhos muito cerrados, tão cerrados que parecia estar olhando para dentro de si mesma o tempo todo. Por esse motivo os celtas deram  a esta toupeirinha o nome de Môo, pois, para eles, a palavra mõo significava: 'aquele que olha para dentro de si mesmo'.

No momento em que Deus criou o mundo, foi criando uma coisa de cada vez: criou a terra,, as plantas, os animais, o homem, etc... E Deus também criou as direções.

Criou o Norte e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.
Criou o Sul e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.
Criou o Leste e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.
Criou o Oeste e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.
Criou a direção de Cima e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.
Criou a direção de Baixo e, de lá, vieram muitos presentes para todos os seres.

Mas, no momento da criação da sétima Direção, Deus teve dúvidas e resolveu consultar os animais para ver onde poderia colocá-la, pois era a mais importante de todas e, de lá, vieram os melhores e mais profundos presentes.

Assim, Deus perguntou ao Búfalo:
'- Amigo Búfalo, onde eu poderia guardar a Sétima Direção, onde estão os presentes mais importantes?'
'- Deus, guarde-o nas pradarias, pois lá o Homem não os encontrará tão facilmente'.

Deus escutou o amigo Búfalo, pensou e respondeu:
'- Amigo Búfalo, um dia o Homem abrirá estradas, chegará aos lugares mais  disantes que você possa imaginar e, provavelmente, alcançará as pradarias com suas máquinas de quatro rodas'.

Deus , então, resolveu consultar o Condor.
'- Amigo Condor, onde eu poderia guardar a Sétima Direção, onde estão os presentes mais importantes?'
'- Deus, guarde-a no pico mais alto da terra, pois lá o Homem não o encontrará tão facilmente'.
'- Amigo Condor, um dia o Homem construirá máquinas que voam, e facilmente descobrirá a Sétima Direçao no pico mais alto da terra'.

Então, Deus resolveu  consultar Môo.
'- Amigo Môo, onde eu poderia guardar a Sétima Direção, onde estão os presentes mais importantes?'
'- Deus, guarde-a dentro do próprio Homem, no seu coração. Lá, provavelmente, será o último lugar onde ele irá procurar'.

Deus escutou o amigo Môo, pensou bastante, e acatou o sábio conselho."

Uma importante reflexão, numa história tão singela. Mesmo que não olhemos para dentro de nós como deveríamos, o maior e melhor presente de nossas vidas está lá dentro. Acreditem!!



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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Continuarão acreditando que o Brasil não tem jeito??

Depois de ler mais um artigo bem interessante da revista Carta Capital, confirma-se cada vez mais a influência, altamente nociva, da mídia neste país e de um grande grupo de pessoas que tem interesse em que o Brasil não funcione, claro que impulsionadas e instruídas por esta mesma mídia.

Foi na abertura do Fórum Brasil, promovido pela revista citada acima, que, entre outros encontros, houve o do economista e vencedor do Premio Nobel, Paul Krugman e o ex-ministro e professor Antonio Delfim Netto. Neste encontro, discutiram diversos pontos importantes sobre a economia brasileira, dizendo que o Brasil não é mais um caso de país vulnerável e que conta com um mercado interno forte, não dependendo mais do dinamismo externo para crescer.  Colocaram que a situação interna somente precisa ser administrada e que, depois que o país conseguiu equacionar a questão da dívida externa, passou a apresentar maior estabilidade, com a inflação sob controle sim, mesmo que se fomente o contrário. E temos uma política fiscal mais responsável. Colocaram, também, que o Brasil precisa mudar a proporção entre investimento e consumo e que se encaminha para essa direção.

Um comentário importante foi dizer que é necessário que o brasileiro veja claramente nosso passado, para perceber os momentos terríveis pelos quais passamos e conseguimos nos reerguer: a Grande Depressão e agora, as conseqüências da crise de 2008.

Entre um comentário e outro, fica claro para eles que não há nada de tão importante lá fora e que o Brasil precisa repensar e acreditar em sua própria economia que, entre acertos e erros que precisam ainda ser corrigidos, vai por um caminho próspero.

Existe um pessimismo, fomentado por empresários, pela classe dominante, pela mídia, etc, capaz de interferir na opinião de uma grande massa.  Claro que não chegaremos ao ponto de dizer que vivemos como Alice no País das Maravilhas. Ainda há muito a ser feito, com certeza.


Cabe a cada um de nós, como sempre digo, abrir nossas mentes, procurarmos mídias de confiança para nos informarmos com quem realmente vale a pena ser levado em consideração e aí, sim, formarmos uma opinião um pouco mais justa.







terça-feira, 12 de agosto de 2014

O poder dentro de nós

Esta é a história de uma pequena pardal que estava em busca de seu herói, um pássaro gigante, no topo de uma montanha…
Depois de muitas tentativas e uma longa jornada, apesar da zombaria dos outros pardais, uma manhã bem cedo, depois de uma semana subindo e descendo, ela alcançou o topo da montanha…
O que ela viu no topo da montanha a chocou…
Ela viu as rochas cobertas de neve e nenhum vestígio de um ser vivo…
Ela só via rochas e neve… nada mais… silêncio… o único som era o som do vento soprando frio.
Ela não viu nenhum pássaro gigante. Ela estava muito decepcionada.
Mas espere…
Você ainda acredita que não havia nenhum pássaro gigante?
Bem, não desista tão cedo. Às vezes, a verdade é mais surpreendente do que o mito.
Ela se sentou na borda da rocha olhando para o pomar a partir do topo da montanha. O pomar parecia tão pequeno dali de cima… tão pequeno quanto uma formiga.
Ela pensou, de forma triste, sobre o quanto ela queria conhecer o pássaro gigante; o quanto ela queria perguntar como ele conseguia voar tão alto, como ele aguentava tanto frio, e como ele podia ser tão forte…
Foi nesse momento que caiu a ficha…
Ela foi quem voou tão alto. Ela era a única que resistiu ao frio. Foi ela quem aprendeu a ser forte e realizar tarefas incríveis, ao não temer o fracasso e não desistir. Foi ela quem aprendeu a realizar grandes coisas através de pequenos passos graduais.
Ela não precisava mais fazer essas perguntas para o pássaro gigante, pois ela já sabia a resposta. Ela encontrou todas as suas respostas ao longo do caminho.
Ela percebeu que, na verdade, ela tinha todas as qualidades que ela estava procurando no pássaro gigante.
Então ela se deu conta de que o pássaro gigante não é um mito. É muito real.
O pássaro gigante existe. E ela É o pássaro gigante.
É por isso que as histórias dos pardais sempre contavam que o pássaro gigante ficava no topo da montanha. Porque qualquer pardal que chegar ao topo, irá se tornar um pássaro gigante: um herói.
Ela começou a entender por que sempre teve o sentimento de que o pássaro gigante existia. Era porque ela sempre foi o pássaro gigante dentro dela mesma.
Quando ela se deu conta de tudo isso, ela se sentiu tão poderosa e ficou tão feliz que ela gritou de alegria.
Seu grito ecoou através das montanhas…
Lá no pomar, os outros pardais que estavam sentados batendo papo, como sempre, escutaram o grito. Todos eles ficaram em silêncio e se olharam com incredulidade. Mas, depois de um momento de silêncio, um deles disse: “não, isso não é possível. O pássaro gigante é apenas um mito”. Então, eles continuaram fofocando e seguindo com suas vidas cheias de crenças limitadas…
Você também deve perceber que você é o herói gigante por quem você estava esperando…
Isto pode ser uma história metafórica, mas não poderia estar mais perto da verdade…
Todos os elementos de sucesso estavam nesta pequena história; desde como acreditar e ignorar os negativistas, a forma como grandes coisas são alcançadas através de passos graduais e persistência…
O verdadeiro poder está dentro de você…






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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Novos convites à reflexão

A primeira vez, me senti, ao mesmo tempo, feliz e surpresa, ao ver a propaganda anunciada pela revista Veja, por sinal, muito bem feita e com uma narração perfeita e convidativa, onde se incentiva o telespectador a pensar, a refletir, a "coçar" a cabeça como o próprio narrador diz, mas não aquele coçar por fora, mas por dentro. Uma idéia inteligente que, de fato, convida as pessoas, ao contrário do que sempre se viu em termos de informação no Brasil, a refletirem com suas próprias idéias. Sem nada pré-concebido ou guiado por outros. Confesso que me é um pouco difícil entender o real motivo por traz de uma propaganda assim, tão respeitosa com relação ao direito do livre arbítrio que todos temos, vinda de uma revista como a citada acima, mas aqui, nesta postagem, vou me reservar somente o direito de comentar um pouco a mensagem clara desta propaganda e a importância de que esta atitude realmente aconteça na cabeça do cidadão comum. É muito importante que se fale mais abertamente e cada vez mais sobre a importância que existe na reflexão, no pensar, em cada um ter suas opiniões próprias. Esta liberdade sadia de formar, cada um, sua própria opinião sobre qualquer assunto. A liberdade de cada um buscar a informação onde quer que acredite ser melhor. A liberdade para concordar ou não, para discutir diversos assuntos com quem quer que seja. E tudo isto nos traz novas pessoas e também uma nova maturidade para aceitar que nem sempre as coisas acontecem como nós acreditamos que deve ser. Esses direitos, o brasileiro nunca teve, não sabe o que é.

A segunda vez, que foi ontem, me senti ainda mais surpresa por ver que outras mídias também tinham representantes utilizando exatamente a mesma idéia. Foi lendo uma revista chamada "Somma", que circula na região de Alphaville, Tamboré, Aldeia da Serra e Granja Viana, que me deparei com o caderno intitulado "Caderno Neurônio" (bem direto, não?). Eles se explicam: "Iniciativa da VERO e da Revista Somma para o fomento da reflexão sobre temas relevantes em prol de uma sociedade mais criativa, humana e equilibrada". Deus, quem, em qual tempo neste Brasil, se preocupou com ciriatividade? Com ser mais humano? Equilíbrio? A proposta é basicamente a mesma que a revista Veja, só que com uma maquiagem diferente: o convite à reflexão livre.

Parabéns!! Belas iniciativas, contanto que fiquem atentos a dois fatores. O primeiro é, no caso da revista Somma, abrir as portas para a reflexão, utilizando as palavras dos colunistas como meros "pontapés iniciais" e não como guias e o segundo é o contato com os mistérios da caixa de Pandora. A reflexão está diretamente ligada à história de cada indivíduo e à sua maneira de entender a vida e se relacionar dentro de uma sociedade. Desta forma, temos que estar preparados para as mais variadas reflexões, que precisam ser respeitadas.

Assim, que venha o dom da palavra, das discordâncias e dos denominadores em comum!! Esta é a única e nunca reconhecida maneira de se evoluir dentro de uma sociedade.



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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Medida correta ou mais um golpe na educação?

Como sempre fiz em todas as postagens deste blog, aqui vai mais um tópico para reflexão e, mais uma vez, relativo à educação neste país. Para nós, como cidadãos comuns, que temos nossos filhos estudando em escolas e para os educadores, mais ainda, para pensarem e repensarem, pois neles sim está o poder para modificar de fato alguma coisa, caso seja necessário.
A partir de novo projeto aprovado pela Prefeitura da cidade de São Paulo, novas medidas voltarão a entrar em vigor nas escolas municipais, entre elas a reprovação, a lição de casa obrigatória, a avaliação bimestral sistemática, notas de 0 a 10 e o envio do boletim aos pais. Diga-se que são medidas abolidas há mais de 20 anos da rede pública paulistana então, vai a pergunta que não cala: por que voltar no tempo e retomar o que é considerado arcaico?
E, dentro deste questinamento, voltamos sempre ao mesmo ponto da pouca importância dada às questões sociais. Não se considera o processo educacional como um todo, mas somente o resultado final, onde, via de regra, o aluno acaba por ser punido.
O sistema de progressão continuada, em ciclos, foi inicialmente implantado pelo educador Paulo Freire (lembram dele?) em algumas escolas públicas nordestinas com total sucesso. A partir daí, a idéia foi desenvolvida, aceita e trazida, por exemplo, para escolas municipais da cidade de São Paulo, durante a gestão da ex-prefeita pelo PT, Luiz Erundina, em 1992.
Neste conceito, não há lugar para a reprovação ou aprovação, pois entende-se que que a educação é um constante movimento de aprendizado, contituído basicamente por três partes: alunos interessados, professores capacitados e motivados e a família como parte importantíssima e participativa neste processo. Na progressão continuada não há lugar para a evasão escolar, pois, supostamente, ao não ser reprovado, o aluno sempre terá um motivo muito positivo para continuar na escola, além dele não ser avaliado com notas, que nada mais são do que uma forma de deixar claras as diferenças entre os alunos, sem tratar as dificuldades.
A progressão continuada tem um forte apelo para a educação por excelência, desenvolvendo-a dentro de seus conceitos mais puros, mas, infelizmente, ela foi sendo desvirtuada com o tempo e deixou de mostrar os resultados esperados. Distorceu-se o conceito pela crença de que os alunos deveriam passar de ano mesmo que não soubessem nada.
Ou seja, literalmente "joga-se fora" um conceito sobre educação que a valoriza como processo e não como resutlado final, pela simples incapacidade de profissionais desmotivados e sem preparo, para lidar com as diferenças entre os alunos, dando ênfase à resolução das dificuldades de cada um. Claro, dá muito mais trabalho!! Assim, os alunos iam passando de ano, mas com dificuldades que nunca haviam sido sanadas, em matemática, português, como, por exemplo, chegar ao 5º ano praticamente analfabetos. Pode?
Como o resultado foi decaindo muito no decorrer destes anos, optou-se, através destas novas medidas, por continuar a punir o aluno, dentro de um processo onde ele é o menos responsável e colocando-o novamente dentro de um sistema que se acreditava ultrapassado, mas que controla, permeado pela limitação intelectual.





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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Psicologia e dança: novo foco para uma grande parceria!

Boa noite a todos!!
Além do leque de opções em atendimento oferecidos pelo CEDOP Centro de Desenvolvimento Organizacional e Pessoal, surge agora uma nova perspectiva, um novo foco para a parceria Psicologia + dança.



Projeto ART&VIDA:
 Dança Terapia
 Dança do Ventre  
 
Saiba mais!                99218.7329